literatura(s) negra(s)” foi um fenômeno que se deu em contextos, sob conjunturas e temporalidades
diversas em várias partes do que Paul Gilroy, um historiador do qual você seguramente
já ouviu falar em outras disciplinas deste curso, chamou de “Atlântico Negro” (África,
Américas, Europa).
Nesta sequência, pretendemos chamar sua atenção para o fato de que não é unívoca e nem
existe um consenso em torno da denominação “literatura negra”, tema desta disciplina. É importante,
pois, estar atento(a) para que, a depender das referências que porventura forem pesquisadas
em bibliotecas ou na internet, você possa “separar o joio do trigo”, e buscar sempre
as referências mais confiáveis.
Este também é o cuidado que temos ao listar as obras e demais
recursos que servem de embasamento ao conteúdo de nossas aulas.
Quanto à literatura negra, na realidade tem sido objeto de (re)definições e controvérsias tanto
por parte dos autores quanto da crítica literária e demais estudiosos do assunto. Tais discussões
são provocadas pelo uso de outros termos, como “literatura afro-brasileira”, “literatura
afro-descendente” ou “literatura afro”, que entram em concorrência ou se alternam como se
fossem sinônimos, gerando convergências e divergências quando se trata de nomear e definir
o conceito. Na qualidade de professores ou futuros professores, logo, diretamente afetados
pelas leis e diretrizes sobre educação, podemos observar essas variações de uso, mencionadas
acima, em vários textos, inclusive nos textos oficiais como a Lei 11.645/08, que alterou a lei
10.639/03, em cujo §2 do artigo 26-A consta o seguinte :
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